Eu sempre trabalhei na área de TI e fui por muitos anos Analista de Sistemas. A maioria dos sistemas que desenvolvi atenderam as necessidades das pessoas, melhoraram de alguma maneira o trabalho delas, mas muitas vezes percebi que várias funcionalidades poderiam ser diferentes, melhores.
A maior dificuldade, para a grande parte dos técnicos que criam e definem, é conseguir extrair o que realmente as pessoas precisam e principalmente, transformar as necessidade e desejos em um sistema amigável, padronizado, sem burocracias, visualmente atraente e que seja realmente útil.
O técnico não se coloca no lugar da pessoa que utilizará o sistema e eu acredito que isto seja uma das razões dos sistemas ficarem complexos demais e burocráticos (cheios de cliques, passos, botões). Além disso, muitos querem usar aquela tecnologia de ponta, ou aplicar um novo conceito que leu na internet, sem ter certeza de que será bom para o usuário final. No final, entregam uma "pioria" ao invés de uma melhoria.
Os arquitetos passam por dificuldades equivalentes. As vezes criam soluções lindas, esteticamente divinas, mas nada prático para o dia a dia de quem usa.
O último exemplo que tem afetado minha vida é a reforma que fizeram no vestiário da academia que frequento. Antigamente o vestiário tinha alguns armários que eram utilizados com cadeados e uma área com um tipo de chapelaria. Havia também um grande e largo banco de madeira com bom espaço para a troca de roupa, para deixar as coisas espalhadas. Agora o vestiário ficou lotado de armários e com pouco espaço. A reforma ficou muito bonita e em alguns aspectos, trouxe melhoras, mas ficou tudo muito mais apertado e difícil para quem precisa tomar banho e se trocar. Não se colocaram no lugar das pessoas que frequentam a academia.
Pronto. "Filosofei".
Bora tomar um Chopp que será mais produtivo!
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
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